sexta-feira, 26 de junho de 2009

Á PERDA DE UM GRANDE ASTRO DA MÚSICA POP STAR (MICHAEL JACKSON)







Michael Jackson: ascensão e queda

Cantor estreou aos 5 anos, ao lado dos irmãos. Sozinho, tornou-se o rei dos palcos e do pop. Nos últimos anos, nem de longe parecia o furacão musical que varreu o mundo nos anos 80.
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Furacão musical, fenômeno pop, gênio, visionário. Desde o início, crítica e público se derramavam em adjetivos. E com razão. Michael Jackson foi surpreendente em tudo, desde o início. Com apenas 5 anos se juntou aos quatro irmãos no grupo que mais tarde se chamaria Jackson Five. Começava ali a carreira que iria influenciar a música pop no mundo inteiro nas próximas décadas.
Um vídeo doméstico mostra as primeiras imagens gravadas de Michael Jackson. Ele tinha apenas 6 anos, mas o jeito de dançar era inconfundível. Poucos anos depois, o Jackson FIve é convidado pela cantora Diana Ross para um teste na gravadora Motown, em Detroit. A especialidade da gravadora era lançar artistas negros talentosos que chegassem ao mercado branco. O primeiro sucesso do Jackson Five na Motown é "I want you back", em 1970. O álbum vende 3 milhões de cópias e ganha disco de ouro – apenas o primeiro de uma série na gravadora. Entre os irmãos, o caçula Jackson se destacava em tudo: era afinado e sabia dançar. Aos poucos, foi assumindo a liderança. A música do artista rompe a barreira racial. Sua dança ganha as ruas. A carreira solo era inevitável. Em 1979, o álbum "Off de wall" explode nas paradas de sucesso e vende 11 milhões de cópias. A obra-prima do artista veio em 1982. "Thriller" é, até hoje, o álbum mais vendido de todos os tempos, no mundo, com 109 milhões de cópias. Em nove faixas, foram sete sucessos. O videoclipe lançado em seguida para promover o disco surpreendeu o mundo. São 14 minutos sensacionais, em uma produção de US$ 500 mil do diretor John Landis. Apenas um ano depois, em 1983, mais um passo na carreira. E que passo! Moonwalker se tornou a marca registrada do mestre. Com técnica, coreografia e domínio da voz, Michael Jackson torna-se, definitivamente, o rei dos palcos e do pop. Na festa do Grammy em 1983, Michael Jackson bate outro recorde: ganha oito prêmios. Em 1985, ele é o principal artista americano de uma campanha mundial contra a fome na África. A música "We are the world" é de Michael Jackson e Lionel Ritchie. Em Londres, durante a inauguração de uma réplica dele no Museu de Madame Tussaud, as cenas de histeria são impressionantes. Igual, só no tempo dos Beatles. Em 1987, o cantor parece mais branco no videoclipe "Bad". O disco vende 30 milhões de cópias. Um novo disco veio em 1991: "Dangerous". A crítica não elogiou tanto, mas o público adorou. Músicas como "Black and white" fizeram o maior sucesso. Em sua carreira, Michael Jackson esteve três vezes no Brasil, a última foi em 1996. Neste ano, ele gravou com o grupo Olodum, no Pelourinho, em Salvador. Gravou também, na Favela Santa Marta, no Rio de Janeiro, o videoclipe "They really don't care about us", dirigido por Spike Lee. Nos anos seguintes, começa o declínio. Somente em 2001, o artista grava um novo disco: "Invincible". Fisicamente, é um outro Michael Jackson. Abalado por problemas físicos e psicológicos, envolvido em escândalos, o cantor foi se tornando cada vez mais recluso. A última aparição musical foi na Inglaterra, na entrega de um prêmio, em 2006. Com voz fraca, nem de longe lembrava o artista genial, o furacão musical que varreu o mundo nos anos 80.
Fenômeno juvenil:Michael Jackson iniciou sua carreira musical aos 5 anos de idade ao lado de seus irmãos no grupo Jackson 5. Com cerca de 12 anos ele estourou nas paradas de sucesso com os hits "ABC" e "I’ll Be There".
Recorde de vendas: Em carreira solo, Michael bateu recorde de vendas em todo o mundo. Seus discos estão entre os mais vendidos de todos os tempos e o álbum "Thriller", de 1982, continua no topo do ranking, com 120 milhões de exemplares comercializados.


Vitiligo: Michael Jackson vem de uma família de afrodescendentes. E até o início dos anos 1980, possuía a pele negra. Ao lançar o álbum "Bad", Michael surpreendeu a todos aparecendo branco na capa do disco. Na época, o cantor alegou sofrer de vitiligo, uma doença que causa a despigmentação da pele.
Cirurgias Plásticas: Após se tornar branco, Michael se submeteu a diversas cirurgias plásticas para afinar os traços de seu rosto. Ele chegou a fazer tantas cirurgias em seu nariz que chegou a ter problemas respiratórios. Há quem diga que ele usava uma prótese no lugar de seu nariz.
Pedofilia: Em 1993, o cantor foi acusado de abusar sexualmente de crianças. Entre elas o astro mirim, à època, Macaulay Culkin. Michael foi investigado e chegou a participar de audiências, mas não foi condenado por falta de provas.
Neverland: Jackson morou por muitos anos em um rancho que mais parecia um paraíso infantil. "Neverland" ("Terra do Nunca", em português) contava com um verdadeiro parque de diversões em suas dependências. O cantor se mudou do local alegando que a propriedade havia lhe trazido muitos problemas, como as acusações de usar o parque para atrais crianças e abusar delas.
Casamentos: Em 1994, Michael se casou com Lisa Marie Presley, filha de Elvis Presley. Na época, o matrimônio foi questionado por toda a imprensa, que afirmava que a relação não passava de fachada. Dois anos depois o casamento acabou e Michael se uniu com a enfermeira Deborah Jeanne Rowe, com quem teve dois filhos e se separou em 1999.
Exposição dos filhos: Michael Jackson sempre escondeu o rosto de seus três filhos. Em 2002 o cantor finalmente deixou que as crianças fossem vistas ao seu lado, sem usar máscaras ou capuzes. A aparição das crianças aconteceu na cidade de Berlim, na Alemanha. Na ocasião Michael causou polêmica ao pendurar seu filho mais jovem, de apenas 1 ano, pela sacada do quarto de um hotel.
Passagens pelo Brasil: Em 1993, Michael se apresentou para mais de 120 mil fãs brasileiros. Durante a turnê "Dangerous", ele se apresentou no estádio do Morumbi, em São Paulo. Anos mais tarde, ele veio ao país gravar cenas do videoclipe "They Don’t Care About Us", em pleno Pelourinho, na Bahia, e na favela de Santa Marta, no Rio de Janeiro.
O retorno: Após 12 anos longe dos palcos, Michael Jackson estava preparando uma grande turnê para marcar seu retorno. O "Rei do Pop" faria 50 shows na Inglaterra e se apresentaria coberto por 300 cristais Swaroviski. Infelizmente, o astro faleceu antes de iniciar a maratona de shows.